18 de jun. de 2012

Cativeiro da (ir)realidade


imagem: tumblr


Aprisionados.

Entre paredes
De aço molhado pela frieza,
Congelado pela fraqueza,
Habitantes amordaçados
Com a fita da pobreza.

Janelas de vidro cegas,
Olhos de carne apodrecida.

Mãos escorregadias,
 Mente traída,
Por quem não somente
Diz a verdade,
 Levanta a bandeira da mentira.

A quem não fala, a fome.
A quem não vê, aquilo que ganha e some.

__“Atirem pedras na janela! É a revolução!"
__“Não! Nessa casa estão as armas, não o ladrão”.

by Rachel Nunes*

5 comentários:

Anônimo disse...

Somos as amarras da nossa miséria.

Maya Quaresma disse...

O nível do texto está surpreendente. Ainda não tinha lido uma obra tua cuja vertente fosse essa. Estás bem, e espero ver mais desse seu lado crítico por aqui.

Beijos

Priscila disse...

Que poema sombrio e revolucionário! As duas coisas ao mesmo tempo :)

Wanderly Frota disse...

Encanto. Magia.

Patrícia Melo disse...

Eu sinceramente gostaria de conseguir escrever poesias...