19 de mai. de 2013

Um nada tão doce...

imagem: weheartit



As folhas até balançavam
Mas pelas luzes não dançavam;
Através dos mares escorregavam
Mas da margem não passavam.

Em mim, adormecia
Todo o furor que não cabia
Toda corda que não cedia
Todo sol que não amanhecia.

Em ti, tudo fluía...
A aspereza que mentia,
A cegueira que sorria,
A intensidade que sentia,
A aurora que não fingia.

Apesar de tudo,
Com nada fiquei.
Como um diamante na sombra,
Eu brilhei:
Verdades sem cor,
O engano e seu sabor.

(Rachel Nunes)



Um comentário:

Anônimo disse...

A ilusão as vezes acalma tanto a alma...