Flores inquietas esperando a primavera nos meus olhos.
Para desabrocharem e beijarem o vento.
Há tempos fixaram-se no solo da minha alma.
Aguardando, numa turva calma,
A chuva que rejuvenesce.
Que enraíza o encanto
E estende o tapete vermelho do tempo.
Botões de flores esperando a primavera nos teus olhos.
Para concretizar um ideal
E retirar a maquiagem do amor.
Olhos limpos na varanda do quarto,
Avistando o jardim e ignorando as folhas secas
Que as cores tentam esconder.
Como eu queria que não houvesse inverno em tua morada...
Só a estação das flores e do sol.
Só o aroma e o brilho
Que não permitem a ignorância.
Como eu anseio pelas tuas palavras sinceras que ainda não vieram...
E que me seriam tão benéficas.
Às vezes chove e não molha.
Às vezes os pássaros cantam e não escuto.
Às vezes a ansiedade é maior que a percepção do real.
Às vezes a espera é muita e a recompensa pouca.
Às vezes não vem.
Simplesmente porque não foi.
Porque nunca existiu.
Porque é só imaginação.
Porque é esquizofrenia do coração.
by Rachel Nunes*
7 comentários:
Nós plantamos, mas o nascer é uma incógnita.
A analogia das flores é tão bela neste poema
abraços
Que poema lindo, Rachel. E quanta espera destas flores.
Há de vir, há de ser e de existir.
Um beijo
Me fez sorrir flores.
Lindo. Lindo.
Amorfrenia, isto dá uma tese, rsrs
Esquizofrenia do coração e por que não? Aposto que um dia cientistas descobrirão isto, mas Rachel já sabia e ainda descreveu poeticamente com sabedoria de flor.
Beijos!
Que bonito, não?
Gostei muito, e aqui está lindo, como sempre esteve! :D
Ótima semana pra ti.
http://amar-go.blogspot.com/
Obrigada pela presença lá no meu blog!
Adorei seu blog!
Beijos, Cáh Morandi
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